"...todas as nossas boas ações são como trapo de imundícia..."
De volta à escrita...
Algumas coisas se tornaram verdadeira obsessão para os cristãos e uma delas sem dúvida é a tal da "santidade". É claro que não estou falando do desejo sincero de viver uma vida digna e piedosa mas da procura por um estado que beira a neurose ou psicose.
Em nome da santidade não se pode nada. Então demoniza-se lugares, pessoas, músicas, filmes... como se a santidade que Deus espera dos homens fosse essa coisa cosmética, avatariana.
A origem da palavra é "separação". Mas separação do quê? Qualquer cristão dirá de bate e pronto: DO MUNDO!!! até aqui tudo bem, a questão é o que seria o mundo? Não quero nem entrar nesse mérito, o que desejo ressaltar é que, por conta dessa obsessão, e toda obssessão é apressada, estão se esquecendo de um princípio básico do evangelho...
"...sem mim NADA podeis fazer..."
Nada é nada, nem mesmo ser santo. A santidade é resultado de um coração que ama a Deus e que se reconhece distante do padrão que Ele deseja de nós, então, se rende a Ele.
Nada que façamos ou deixemos de fazer é o que realmenter nos santifica e sim o sangue do Cordeiro. É óbvio que não estou propondo uma vida de qualquer maneira, mas uma consciência de que minha dedicação a Deus, em si mesma, não é nada não fosse a graça do Senhor.
"...santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade..."
Não compreender isso é o que tem impulsionado alguns a fazer da santidade um troféu a ser exibido, uma espécie de crachá que classifica alguns num patamar diferenciado de outros contrariando o espírito do evangelho que vemos na passagem bíblica do Fariseu e do Publicano onde o que saiu justificado não foi o que esbravejava aos 4 ventos sua condição de "santidade" mas aquele que humildemente se prostrava e clamava a Deus...
"...tem misericórdia de mim, sou pecador..."
Nossa Justiça é como trapo de imundícia que de tão nojento não merece nem ser explicado (procure no google).
Portanto, #ficadika, santidade é pra ser vivida e não exibida.
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